Diversidade e Inclusão: uma agenda imprescindível para as empresas

Impulsionadas por uma crescente conscientização sobre demandas relacionadas à diversidade e inclusão (D&I), mudanças climáticas e segurança do consumidor, empresas têm atuado fortemente na construção de uma agenda de ESG.

A sigla ESG significa em português, Ambiental, Social e Governança, o foco da agenda são os investimentos sustentáveis, não se limitando às tradicionais métricas econômico-financeiras.

Sendo mais específico, a segunda letra da sigla ESG refere-se à sustentabilidade social e sobre como como as empresas se relacionam com as pessoas que fazem parte do seu ecossistema: clientes, colaboradores, comunidade etc. E dentro desses tópicos encaixam-se as iniciativas D&I.

Quando falamos de diversidade, queremos dizer que é um conceito amplo, onde a base da ideia é voltada a acolher, entender, lidar e conviver com diferentes culturas, raças, formações, convicções religiosas, gêneros, orientações sexuais, idade, experiências, entre outros.

O tema D&I tem sido objeto de várias discussões nas redes sociais, em veículos de comunicação e no mundo corporativo. Deixou de ser considerado um complemento nos negócios e tornou-se uma necessidade.

Segundo matéria da Valor Econômico, o ano de 2020 foi considerado um ponto de virada, pois as lideranças começaram a dar prioridade ao tema. Os trabalhos foram iniciados não só visando a construção de cenários que pudessem atrair holofotes, mas sim, métodos de inclusão que de fato fossem implementados.

Qualquer iniciativa de inclusão e diversidade deve obrigatoriamente começar de dentro para fora, é preciso ir além de campanhas e discursos criados apenas para ilustrar posts de redes sociais, páginas de revistas e propagandas de televisão. Ela deve ser parte da cultura da empresa e transformada em prática, por todos, partindo inclusive das altas lideranças.

Dentro da cultura organizacional o D&I proporciona diversos benefícios. O principal é a riqueza de pontos de vista em um mesmo grupo. Equipes homogêneas são formadas por pessoas com formação e estilos de vida parecidos, o que estreita a capacidade de solução de problemas.

Quando uma corporação conta com pessoas de origens, formações e perspectivas diferentes, consegue olhares distintos para uma mesma questão, criando, desta forma, um ambiente bastante propício para a inovação e criatividade. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, quando empresas estabelecem culturas e políticas comerciais inclusivas, elas se tornam mais propensas a relatar um incremento de 59,1% na criatividade, inovação e abertura e de 37% nas avaliações de interesse dos consumidores.

A combinação de culturas e crenças diferentes leva ao desenvolvimento também dos profissionais de maneira individual, que, ao conviverem com a diversidade, acabam repensando suas posições diante de várias questões e construindo novos pensamentos e ideias. Por essa, razão, aplicar estratégias reais de D&I é crucial para o engajamento, pois quando funcionários se sentem incluídos e lideranças apoiam diversidades, há um aumento na confiança e nas participações.  Por exemplo, segunda a empresa de auditoria e consultoria Deloitte, um aumento de 10% nas percepções de inclusão é capaz de melhorar o absenteísmo, adicionando quase um dia por ano de frequência ao trabalho por funcionário.

De acordo com dados da Empresa de Consultoria Empresarial McKinsey & Company, empresas com diversidade étnica e racial tem 35% mais chances de obter rendimentos acima da média. Além disso, as organizações que promovem a diversidade de gênero aumentam suas chances de rendimento em 15%. Outros dados, levantados pela Harvard Business Review, mostram que em ambientes diversos o engajamento dos funcionários é 17% maior.

A Guima Conseco acredita que iniciativas de inclusão e diversidade são sinônimos de ambientes de mais respeito e amor, no qual todos podem ampliar suas capacidades e se sentirem valorizados. Entre os objetivos está estimular a participação de mulheres em áreas e serviços tradicionalmente executados por homens. E isso já acontece na prática.

“A tendência é cada vez mais incentivar a inclusão. Trabalhando para que todos aprendam a enxergar a beleza do diverso e pratiquem a empatia com o outro, seja ele quem for. Valorizar a pluralidade faz do mundo um lugar melhor”, ressalta Erika Bleffe, Assistente Social responsável pelo Instituto Guima e especialista em Gestão de Diversidade.